O Benfica disse, na passada Terça-Feira, adeus à Liga dos Campeões deste ano, ao perder 2-1 frente ao PAOK em jogo único da 3ª pré-eliminatória para a competição milionária. A turma de Jorge Jesus entrou muito bem no jogo, comandando a partida e remetendo a equipa grega para o seu meio-campo, raramente permitindo contra-ataques. Com Pedrinho e Everton nas alas e Pizzi atrás de Seferovic, foi notória a procura dos espaços laterais na construção, com André Almeida e Grimaldo a darem largura. Weigl foi a âncora entre Vertonghen e Ruben Dias na primeira fase de construção. Taarabt jogou a 8 e com a sua capacidade técnica superlativa foi pautando o jogo encarnado. As águias foram melhores na primeira parte e podiam ter chegado por mais que uma vez ao golo, mas para isso não contribuiu um desinspirado Seferovic.
E aqui começam os pecados de Jesus nesta tragédia grega. O suíço não está claramente no melhor momento de forma e não creio que houvesse algo que justificasse a sua inclusão a titular. Para mim, na "hierarquia" de avançados, é o terceiro, inclusive atrás do recém-chegado Darwin.
Essa fatura acabou por ser paga com juros na segunda metade. Uma entrada mais aguerrida da turma de Abel Ferreira, e o Benfica sofre o golo que não merecia. A partir daí, foi o descalabro entre falta de pernas, falhas nas substituições e factor Zivkovic.
Pizzi e André Almeida são jogadores em claro contraciclo. Se o primeiro ainda aporta alguma qualidade com bola e uma visão acima da média, o segundo é cada vez mais um problema defensivo e uma não solução ofensiva. Para além disso, a partir dos 60 minutos começam a mostrar, recorrentemente, muitas dificuldades em termos físicos. A primeira substituição, que retira Pedrinho do jogo para colocar Darwin, empurrou Pizzi para a faixa e abriu uma cratera no lado direito das Águias.
O meio-campo deu de si. Taarabt pagou o esforço da primeira parte, Weigl perdeu a pouca agressividade que tinha tido e o barco começou a afundar. Jesus escalou mal o onze e mexeu mal. Para acabar em "beleza", o dispensado Zivkovic entra na segunda parte e mata a eliminatória fazendo o 2-0 para os gregos.
No geral, as boas indicações da primeira metade foram deitadas por terra na segunda. E atacar eliminatórias a uma mão em que é preciso ser eficaz com jogadores em sub-rendimento, paga-se caro.
Jorge Jesus errou. E como passo a explicar, rapidamente o percebeu.
Redenção em Famalicão
As combinações entre o uruguaio e o alemão deram frutos, mas isso já se esperava, porque excesso de qualidade nunca foi problema numa equipa. Luca é um jogador diferenciado e logo na estreia oficial fez dois golos. Everton Cebolinha também molhou a sopa. Marcou e deu a marcar.
Depois, encontrar uma solução para a lateral direita. Seja Gilberto ou Diogo Gonçalves, o Benfica precisa de outra qualidade, de outra capacidade física. E Jesus pareceu também indicar, pós jogo, que poderá ser esse o futuro de Diogo.
Haverá outras questões e nuances que daqui a umas semanas abordaremos com mais confiança (dado que só foram disputados dois jogos oficiais). Uma delas é a posição de 6 que se percebe não está garantida para Weigl. Veremos o que acontece até lá e se entretanto o mercado de transferências trará mais novidades para a Luz (sejam de entradas ou saídas).
Tomas Tavares onde estás? Com Jesus tinha potencial para se tornar numa venda tipo Nelson Semedo. Mas o velhote gosta sempre de fazer adaptações...
ResponderEliminarQuanto ao meio campo, acho que precisamos de um Tino para jogos importantes como era o jogo frente ao PAOK. O Gabriel não me convence em nenhuma das posições do meio campo. Este sim não me importava que fosse adaptado a DE.